quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Marcha para o Repatriamento e Emancipação

Na manhã de segunda-feira, Dia da Emancipação (1 de agosto de 2011),



O grupo do Congresso Internacional Ethiopia Black the Bull Bay, St Andrew, vestidos em sua maioria em branco e preto, cantando e marchando ao ritmo de tambores.

"Estamos aqui hoje para agitar a liberdade, a redenção, o repatriamento internacional em comemoração aos 173 de Emancipação", disse a Honorável Imperatriz Esther, que suspendeu a marcha para falar com The Gleaner (mídia Jamaicana).
 
Ela disse que a marcha foi liderada pela Liberdade da Etiópia Preta, Congresso Internacional da Mulher Liberation League, "porque vemos a necessidade de nós como mães para vir com os nossos filhos".

Saudações
Coração de amor honorável irmão!
Damos graças pela vida ao doador da vida o Cristo Negro em carne Holy
Emmanuel I Selassie I Jah RasTafari
Como está irmão? Damos graças pelos trabalhos por nossa terra natal
África ethiopia zion land,  africa aguarda seus reais construtores
assim diz o Mais Reto e Largo  Honoravel Profeta Marcus Garvey,
Liberdade, Redenção e Internacional Repatriação,  Africa para os
Africanos em casa e no estrangeiro agora e já atravez da 7, 9 miles da
Black Star line Marcus I Selassie I Jah Rastafari
InI venho compartilhar o site do rei negro, www.black-king.net  com
muita informação sobre a ordem de vida nyahbinghi estabelecia por
Melquisedeck ( Emmanuel ) Boboshanti RastafarI

 Bendito amor ras
 um so amor e um so destino Zion InI Selassie I Jah Rastafari

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Casa do Boneco promoverá o I Fórum de TBC de Itacaré!



A Casa do Boneco de Itacaré, através do Centro de Afro desenvolvimento Fazenda Modelo Quilombo D'Oiti e de seu empenho há 7 anos em consolidar o Programa de Sustentabilidade Comunitária, vem, como o apoio do Ministério do Turismo, promover o primeiro Fórum de Turismo de Base Comunitária de Itacaré que tem por objetivo difundir e valorizar o conceito e práticas de TBC.
A Casa do Boneco, integrante da Rede Mocambos e da Rede Nacional de Turismo Solidário (TURISOL), estará assim realizando entre os dias 12 e 14 de agosto um evento de âmbito local que tem como público-alvo comunidades tradicionais, estudantes, profissionais do turismo e poderes públicos. O evento terá a participação de representantes governamentais, representantes de experiencias de TBC de outros estados, a TURISOL e a Rede Mocambos que colaborarão para incentivar um plano de trabalho regional e o fortalecimento de uma rede de turismo comunitário no Estado da Bahia.

domingo, 7 de agosto de 2011

A noção de pessoa entre os fula e os bambara

Bâ, Amadou Hampâté


Nas tradições fula e bambara dois termos servem para designar a pessoa. Para os fulas, são eles Neddo e Neddaaku. Para os bambaras, Maa e Maaya. As primeiras palavras significam "a Pessoa" e, as segundas, "as pessoas da pessoa".

Neddo - Fulas


A tradição ensina que existe antes Maa, a "Pessoa receptáculo", e depois Maaya, ou seja, os diversos aspectos de Maa contidos no Maa-receptáculo. Como diz a expressão bambara Maa ka Maaya ka ca a yere kono: "As pessoas da pessoa são múltiplas na pessoa". Encontramos exatamente a mesma noção entre os fulas.

Maa Bambara


A noção de pessoa é, portanto, a princípio, muito complexa. Implica uma multiplicidade interior de planos de existência concêntricos e superpostos (físicos, psíquicos e espirituais, em diferentes níveis), bem como uma dinâmica constante. A existência, que se inicia com a concepção, é precedida por uma pré-existência cósmica onde o homem residiria no reinado do amor e da harmonia, denominado Benke-so.

O nascimento de uma criança é considerado a prova palpável de que uma parcela da existência anônima se destacou e encarnou sobre nossa terra, para desempenhar uma missão. Uma importância muito particular será concedida à cerimônia do batismo, no curso da qual será dado um togo, ou nome, ao recém-nascido. O togo define o pequeno indivíduo. Ele situa-o na grande comunidade.

Três tipos de nascimento podem ocorrer. O aborto ou ji-bon, literalmente "água derramada", é considerado maléfico. O nascimento no prazo correto, chamado banngi, é um fato feliz não somente para os pais, mas para a aldeia, a sociedade e, num plano mais vasto, para a humanidade inteira. O nascimento após o prazo normal, chamado menkono ou nyanguan, literalmente "ventre de muito tempo", é o prelúdio ao nascimento de um ser extraordinário, o nyanguan, o proto-feiticeiro, que vem ao mundo imbuído de um poder potencial.

O desenvolvimento da pessoa vai realizar-se no ritmo dos grandes períodos de crescimento do corpo, a cada qual correspondendo um grau de iniciação. A iniciação tem por objetivo dar à pessoa física um poder moral e mental que condiciona e ajuda a realização perfeita e total do indivíduo. A tradição considera que a vida de um homem normal comporta duas grandes fases. Uma ascendente, até os sessenta e três anos, outra descendente, até os cento e vinte e seis. Por sua vez, cada uma dessas fases comporta três grandes seções de vinte e um anos, compostas de três períodos de sete anos. Cada seção de vinte e um anos marca um grau na iniciação. Cada período de sete anos marca um limiar na evolução da pessoa humana.

Assim, durante os sete primeiros anos de sua existência, quando a pessoa em formação requer o máximo de cuidados possível, a criança ficará intimamente unida a sua mãe, de quem ela dependerá em todos os aspectos de sua vida. De sete a catorze anos, ela se confronta com o meio exterior do qual recebe as influências, mas sente ainda a necessidade de referir-se a sua mãe, que permanece sendo seu critério. Dos quatorze aos vinte e um anos, está na escola da vida e de seus mestres, distanciando-se progressivamente da influência materna.

A idade de vinte e um anos marca o importante momento da circuncisão ritual e da iniciação às cerimônias dos deuses. Durante o segundo bloco de vinte e um anos, o homem vai elaborar os ensinamentos que recebeu no período anterior. Ele é então considerado como estando à escuta dos sábios, e se ocorre que lhe dêem a palavra, é por um favor ou para colocá-lo à prova, não por direito. Aos quarenta e três anos, entretanto, considera-se que atingiu virtualmente a maturidade e figura entre os mestres. Tendo o direito à palavra, ele tem que ensinar aos outros aquilo que aprendeu e sobre o que meditou durante os dois primeiros períodos de sua vida. Aos sessenta e três anos, término da grande fase ascendente, ele é considerado como tendo concluído sua vida ativa. Não é mais compelido a nenhuma obrigação, o que não o impede, eventualmente, de continuar a ensinar, se esta é sua vocação ou capacidade.

Em nenhum momento a pessoa humana é considerada como uma unidade monolítica, limitada a seu corpo físico, mas sim como um ser complexo, habitado por uma multiplicidade em movimento permanente. Não se trata, portanto, de um ser estático ou acabado. A pessoa humana, como a semente vegetal, é evolutiva a partir de um capital inicial que é seu próprio potencial. Este vai desenvolver-se ao longo de toda a fase ascendente de sua vida, em função do terreno e das circunstâncias encontradas. As forças liberadas por essa potencialidade estão em perpétuo movimento, assim como o próprio cosmos.

Para ilustrar esta idéia, lembremos brevemente o mito de criação do homem na tradição bambara:

Maa-Ngala (ou Deus-Mestre) autocriou-se. Depois criou vinte seres, que constituiriam o conjunto do universo. Mas ele apercebeu-se de que, dentre essas vinte primeiras criaturas, nenhuma estava apta a tornar-se seu kumanyon, isto é, seu interlocutor. Então, recolheu um pedaço de cada uma das vinte criaturas existentes. Misturou tudo, o que serviu para criar um vigésimo primeiro ser híbrido, o homem, ao qual deu o nome de maa, ou seja, o primeiro nome que compõe seu próprio nome divino.

Para conter maa, o ser todo-em-um, Maa-Ngala concebeu um corpo especial, vertical e simétrico, capaz de abarcar ao mesmo tempo um pouco de cada um dos seres existentes. Este corpo, chamado fari, simboliza um santuário onde todos os seres se encontram em circundução (1). É por isso que a tradição considera o corpo do homem como o mundo em miniatura, conforme a expressão Maa ye dinye merenin de ye, isto é: "O homem é o universo em miniatura".

O corpo inteiro corresponde a um simbolismo bem preciso. A cabeça, por exemplo, representa o estágio superior do ser, perfurada por sete grandes aberturas. Cada uma delas é a porta de entrada de um estado de ser, ou mundo, e é guardada por uma divindade. Cada porta dá acesso a uma nova porta interior, e esta, ao infinito. O rosto é considerado como a fachada principal da morada das pessoas profundas de Maa. Sinais exteriores permitem decifrar as características dessas pessoas. "Mostre-me seu rosto, e eu lhe direi a maneira de ser de suas pessoas interiores", diz o adágio. Cada ser interior corresponde a um mundo que gira em torno a um eixo ou ponto central.

O psiquismo do homem é, portanto, um conjunto complexo. Como um vasto oceano, sua parte conhecida não é nada comparada à ainda por conhecer. O ditado malinês é eloqüente a esse respeito: "Nunca se acaba de conhecer Maa..."

Por que esta complexidade?

De um lado, o nome divino do qual Maa é investido confere-lhe o espírito, e o faz participar da Força Suprema. Esta chama-o à sua vocação essencial: tornar-se o interlocutor de Maa-Ngala. De outro, os diversos elementos que estão nele o tornam depositário de todas as forças cósmicas, tanto as mais elevadas como as mais baixas. A grandeza e o drama de Maa consistem em ser ele o lugar de encontro de forças contraditórias em perpétuo movimento, que somente uma evolução bem realizada no caminho da iniciação lhe permitirá ordenar, ao longo das fases de sua vida.

As forças múltiplas e variadas que se movem no universo dissimulado de Maa constituem os estados, ou pessoas psíquicas, emanadas do espírito do próprio Maa. O Espírito, princípio imaterial e imortal, não é um ser imaginário. Ele existe. É ele que dá nascimento à Imaginação, faculdade bem real (não confundir com o imaginário), graças à qual Maa torna-se capaz de visões e de relacionamento com espíritos ou seres que habitam fora dele ou fora do mundo visível. Para retomar uma expressão de meu amigo Boubou Hama, ele "concretiza o abstrato", que assume imagem e forma. O espírito de Maa permite-lhe conhecer, compreender e reforçar sua atenção. Desenvolvendo essas aptidões, Maa torna-se capaz de julgar.

A pessoa, assim, não está encerrada sobre si mesma, como uma caixa bem fechada. Ela se abre em diversas direções, diversas dimensões, poderíamos dizer, ao mesmo tempo interiores e exteriores. Os diversos seres, ou estados, que estão nela, correspondem aos mundos que se escalonam entre o homem e seu Criador. Eles estão em relação entre si e, através do homem, em relação com os mundos exteriores. Antes de tudo, a pessoa está ligada a seus semelhantes. Não se saberia concebê-la isolada ou independente. Assim como a vida é unidade, a comunidade humana é uma, e interdependente.

Devido a esse sentimento profundo de unidade da vida, a pessoa humana não é destacada do mundo natural que a cerca. Mantém com ele relações de dependência e equilíbrio, codificadas por regras de comportamento ensinadas pela doutrina tradicional Bembaw-sira. Leis precisas determinam a conduta do homem face a todos os seres que povoam a parte vital da terra: minerais, vegetais e animais. Essas leis não podem ser violadas, sob pena de provocarem, no seio do equilíbrio da natureza e das forças que a sustentam, uma perturbação que se voltaria contra ele.

A noção de unidade da vida é acompanhada pela noção fundamental de equilíbrio, de troca e de interdependência. Maa, que contém em si um elemento de todas as coisas existentes, é chamado a tornar-se o fiador do equilíbrio do mundo exterior, e até mesmo do cosmos. Na medida em que reintegra sua verdadeira natureza (a do Maa primordial), o homem surge, no mundo, como o eixo convocado a preservar a multiplicidade exterior de cair no caos.

Assim, da boa ou má conduta dos reis ou chefes religiosos tradicionais, dependerá a prosperidade do solo, o regime das chuvas, o equilíbrio das forças da natureza etc.

Enquanto o homem não tiver ordenado os mundos, as forças e as pessoas que estão nele, ele é o Maa-nin. Ou seja, um tipo de homúnculo, o homem ordinário, o homem não realizado. A tradição diz: Maa kakan ka sé i yere Ia naate a be to Maa ni yala. Isto é: "Não podemos sair do estado de Maa-nin, para reintegrar o estado de Maa, se não formos o mestre de nós mesmos".

Para concluir, chamarei a atenção sobre o fato de que a tradição se ocupa da pessoa humana enquanto multiplicidade interior, inacabada no princípio, chamada a ordenar-se e a unificar-se, como a buscar seu justo lugar no seio das unidades mais vastas, que são a comunidade humana e o conjunto do cosmos.

Síntese do universo e confluência das forças de vida, o homem é assim chamado a tornar-se o ponto de equilíbrio onde poderão reunir-se, através dele, as diversas dimensões das quais é portador. Então ele merecerá verdadeiramente o nome de Maa, interlocutor de Maa-Ngala, e fiador do equilíbrio da criação. ....


Notas:
1.Rotação de um membro em torno de sua inserção no tronco, conforme um cone, do qual a articulação forma o vértice

Tradução de Daniela Moreau
(texto originalmente editado em francês como capítulo do livro Aspects de la Civilization Africaine, Paris, Présence Africaine, 1972)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Midnite é militância para o Bem para o Positivo.

Entrevista concedida ao CEPAPA





A voz de JAH é dita pelo som do Midnite. 
O Midnite é o Griot do povo preto que vive fora de África. Sempre trazendo os ensinamentos de Jah.
A política e a mídia de massa induz povos a se corromperem, fazendo se perder valores como a humildade e respeito entre as pessoas, tornando o mundo mais egoísta e mesquinho, difícil de se viver para a grande maioria dos povos que não tem a dominação e acumulação de bens como seu princípio de vida.


Pois a vida é como a correnteza de um rio que não pode ser retido para acumulação, porque a água rompe todas as barreira até se encontrar com o mar, tornando-se um só. O mar é o encontro de todas as vibrações positivas, que sai da terra em forma de aguá formando os rios e energizando no mar.


  


Segue algumas entrevistas dada pelo Midnite.


Entrevista com Vaughn Benjamin e Ron Benjamin do Midnite


Entrevista realizada no dia 18 de Fevereiro de 2002 na FOX! Créditos especiais ao Ricardo Sanches por ter colocado este vídeo aqui no YouTube! As letras da legenda ficaram grandes demais, eu sei... Mas foi o único jeito que consegui fazer! 
Interpretação por Kristian Korus.







Entrevista ao vivo com Vaughn Benjamin, filósofo e autor Rastafari, que articula a importância das Raízes e da Cultura na Vivência Rastafari.

Agradecimentos especiais ao Jah Breeze por conceder-nos esta valiosa entrevista.

Legedas por Kristian Korus (KrisLiviTY)







Declarações:




Obrigado Senhor - Midnite 








Ras Tafari Makonnen - Haile Selassie I - o poder da Trindade.











Postado por: Ras Tonton Fya Burning.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Encontro Internacional Panafricano

COLETIVIZANDO INFORMAÇÃO:

 

1º ENIPAN- Encontro Internacional Panafricano

A Bahia sediará no mês de agosto o renascimento do panafricanismo, que pretende ser o maior da história do Brasil.



No próximo mês de agosto, de 13 a 17, a Bahia sediará nas cidades de São Francisco do Conde e Salvador o considerado maior evento panafricanista da era moderna, que teve lançamento em Paris, no final de abril. Na capital da Bahia, o I Encontro Internacional Panafricano, acontecerá no Centro Cultural da Câmera de Salvador, com a participação de autoridades e intelectuais de renome internacional, conforme programação. O evento é parte do projeto Ano Mundial do Renascimento Panafricano, cujo ápice se dará em 2013, em um país da Europa.


Há dois anos este projeto vem sendo construído por com um comitê de iniciativas, composto por intelectuais panafricanos de várias nacionalidades.


O acontecimento tem o protagonismo da Associação França – Bahia, em parceria com o África900Centro de Referência Política, entidades do movimento social organizado, com foco nas questões raciais e no novo processo de desenvolvimento integrado e sustentável. Salvador e São Francisco do Conde foram escolhidas  como cidades-sedes, não só pelo seu perfil étnico e cultural afrodescendente, como pelo significado histórico e político marcantes, nas lutas pela Independência do Brasil, sendo que São Francisco ainda contabiliza particularidades econômicas impactantes, tanto no Brasil Colônia, na era do ciclo do açúcar, como no Brasil República, em que se sobressai na produção do petróleo.  A cidade foi também destaque em anos recentes, na primeira eleição do Presidente Lula, apresentando pela primeira vez a maior votação proporcional a um candidato à Presidência da República, em torno de 98%.

Outra referência de destaque da cidade é o fato de ser gerida por uma mulher negra, que desenvolve um projeto de resgate dos valores étnicos do município, para ser a irmã de Salvador na qualificação de uma “Roma Negra”. Com tantas referências civilizatórias conhecidas no mundo inteiro, estes municípios só poderiam ganhar a condição de sedes brasileiras do primeiro encontro internacional panafricanista, celebrando o renascimento africano, rumo ao desenvolvimento moderno. E assim pretende-se construir uma ponte importante para a Bahia de todos Nós em seu processo de articulação continuada com toda sua população.

CONSTRUÇÃO CIVILIZATÓRIA PARA O DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO
Essa iniciativa pretende provocar um despertar coletivo, da consciência critica que permita uma verdadeira revolução conceitual, tanto local, estadual, como nacional e internacional, valorizando as contribuições africanas para a civilização mundial, por meio de um conjunto de  realizações em toda a diáspora para a humanidade.

Estas experiências, materiais e imateriais, vêm sendo derramadas de forma generosa e contributiva no universo terrestre, desde as mais remotas formas de civilizações da antiguidade, até os tempos modernos. Estas contribuições estão enraizadas, em todas as áreas no ramo das artes, ciência, cinema, literatura, política, tecnologias, saúde, gastronomia, economia, ecologia e religião, entre outras, com o objetivo de vencer o isolamento geográfico e ou lingüístico para atingir uma dimensão que perpasse o velho e arcaico conceito de superioridade entre as raças e, ao mesmo tempo, traçar uma estratégia de disseminação desta informação, que se apresente didática, popular e provocadora de um novo processo de desenvolvimento econômico integrado e sustentável. Cogita-se muitos negócios para serem empreendidos nesta nova construção civilizatória, assunto que está na pauta da conferência do I Enipan.


No intuito de lançar as primeiras bases desse evento mundial, convidamos toda a sociedade para participar e se apropriar deste tema, que trará para a Bahia, e para o Brasil, excelentes oportunidades de negócios, assim como se transformará em um convite oportuno na preparação de uma parte significativa da população brasileira, a participar definitivamente dos benefícios e partilha das riquezas reais, materiais e cientificas deste que, certamente, é o nosso grande país. Fomos nós, os afrodescendentes, que ajudamos com muito trabalho (físico e mental), sacrifício, sangue, suor, e lágrimas amargas, capazes de formar um inestimável patrimônio, construindo riquezas, e dando contribuição intelectual e cientifica, sem precedentes na historia da construção de um próspero e rico Pais.

1ª ENIPAN – ENCONTRO INTERNACIONAL PANAFRICANO

Serviço: 1º ENIPAN – Encontro Internacional Panafricano
Quando: de 13 a 17 de Agosto 2011 – Bahia – Brasil
Onde: São Francisco do Conde – Recôncavo Baiano (Câmara de Vereadores de SFC – Orla Marítima do Município – Abertura dia 13 de Agosto – Sábado, as 19:00h), em Salvador (Centro Cultural da Câmara, Praça Municipal s/n – Conferencia dia 17 de Agosto – quarta-feira, das 8 às 12 horas, e das 14 às 19 horas).
Informações: Telefones (55-71)8709-0312 // (55-71)9175-0442 ///  (55-71)-3651-8619 – E-mail: aseydou@bol.com.br / 1enipan@hotmail.com.br
Samuel Azevedo

O CEPAPA estará no evento e quem de Ilhéus e região que quiser participar poderemos organizar condução. email: centropanafricano@gmail.com 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Será que o Brasil é um País rascista?

Alguns videos selecionados que debatem o tema "rascismo".


Sociologa: Sueli Carneiro





Zulu Araújo  
 

Entrevista a tv record
 
  

Programa Espelho apresentado por Laźaro Ramos:



Ali Kamel diretor da tv globo

     


Carlos Moore comenta a revolução cubana e o racismo em Cuba:
 
                                                

Tire sua conclusão.
Centro de Estudos Pesquisa e Aplicação Pan-Africano. 

Email: centropanafricano@gmail.com

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Insensatez dos ídolatras

Sabedoria 15, 14-19: Insensatez dos idólatras -
Mas os inimigos que oprimiram o teu povo são muito mais insensatos e infelizes que a alma de uma criança. De fato, eles consideram como deuses todos os idolos dos pagãos. Os olhos desses ídolos não os ajudam a ver, nem o nariz a respirar o ar, nem os ouvidos a ouvir, nem os dedos a apalpar, e os seus pés são incapazes de caminhar. Porque foi um homem quem os fez. Quem os modelou foi um ser que recebeu a respiração por emprestimo. Nenhum homem pode plasmar um deus que lhe seja semelhante, pois, sendo mortal, suas mãos impias, só podem produzir um cadáver. O homem é o melhor do que os objetos que ele adora. O homem, pelo menos, tem a vida; mas os ídolos jamais a terão. Eles adoram ate os mais repugnantes animais que, comparados com outros, são mais estúpidos. Esses animais não tem nenhuma beleza que os torne atraente, como acontece com os outros animais, e não tiveram o elogio e a benção de Deus.




  O Sistema capitalista comporta-se como inimigo do ser humano. Forjado por espíritos diabolicos ( no sentido de ser contra a vida e não aceitar a criação) com sede de sangue (do trabalho ou do assalto), afim de contruir um império ( imperialismo) as custas de milhões de de vidas humanas, instituindo leis, que nos obrigam a idolatram o dinheiro, dando nossas vidas por ele e tirando milhares de vida em nome dele.
  
  Inumeros símbolos satânicos esta no dinheiro, inclusive no brasileiro, que nos obrigam a usar. Símbolos esses que são idolatrados por "sociedades secretas" que dá suporte a esse sistema Babylon (Baby = bebê + alone = solitário, logo, Babylon = Bebê solitário).
  Fazendo o povo de bebê sem Pai, incapaz de de ser autonomo e independênte, livre para viver a vida e agradercer  ao Verdadeiro Deus Único Todo Poderoso Onipotente, Senhor da vida _ JAH,OLODUMARÉ, DEUS,ALÁ - Pois é a eles que devemos a vida e devemos agradecer e fazer e preservar vidas, com justiça, amor e paz.



                                           http://www.youtube.com/watch?v=gSvlcOVXsOs




Veja a opinião de Carlos Moore no programa Espelho apresentado por Lazaro Ramos:



A Justiça é imortal!
 

terça-feira, 26 de abril de 2011

CENTRO DE ESTUDOS PESQUISA E APLICAÇÃO PAN-AFRICANO - CEPAPA

 O CEPAPA é uma iniciativa criada a partir da necessidade de ampliar as fontes bibliograficas, divulgar projetos e iniciativas que buscam a valorização dos povos africanos e afrodescendentes onde quer que eles estejam.
 A iniciativa parte do interesse por investigar a história e cultura do povo afro, concebendo-a como
implícita em nosso dia-a-dia, devido a aspectos culturais e sociológicos esta presença se
demonstra camuflada e entendida como folclore. Assim, buscamos uma forma de conhecimento
científico enfatizando a produção pan-africanista e seus pensadores, para conceber um mundo de
idéias e valores além da abordagem contumaz dos centros acadêmicos. Nesse sentido, a
inserção da comunidade no processo de disseminação de vetores culturais que, às vezes perdida,
em sua raiz permanecem manifestações populares, um conhecimento que dialoga com a
produção acadêmica na eterna dicotomia teoria/prática.

O CEPAPA Leva à população informação sobre cultura e conhecimento afro.
-Possibilitar uma forma de organização social para a comunidade.
-Propor debates de interesses públicos com embasamento intelectual.
-Publicar cadernos periódicos com resultados de estudos e pesquisas.
-Apresentar pontos de reflexões e debates sobre obras de literatura, artes plásticas, cinema, etc.
-Estabelecer um dialogo com a comunidade a fim de esclarecer problemas que atingem a sociedade.
-Realizar mini-cursos e oficinas de produção textual.




A nossa logo tem referências no Sankofa



"return and get it" "Voltar e buscá-la"

symbol of importance of learning from the past - símbolo da importância de aprender com o passado.


GLOBO COM A ÁFRICA NO CENTRO, POR ENTENDER QUE NESTE CONTINENTE TUDO COMEÇOU...


Ras Tonton Fya Burning Diretor Geral do CEPAPA.

sábado, 19 de março de 2011

Animação Afro - Kiriku um clássico não deixe de assistir.

https://m.youtube.com/watch?v=duDByEwf1x0 DesenhoDesenho francês sobre lenda africana.
Excelente para trabalhar com diversidade cultural em sala de aula.
Em breve disponibilizarei a versão DUBLADA !!!! (04/05/2009)< https://m.youtube.com/watch?v=duDByEwf1x0 /span>


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

CEPAPA na Casa dos Artistas - Ilhéus - Bahia

Neste janeiro, ainda brindando o novo ano o CEPAPA se junta ao Cine Clube Équio Reis, para iniciar uma série de exibições de filmes relacionados às culturas das etnias africanas, abordando questões culturais, religiosas, sociais, estéticas, filosóficas e políticas. O projeto consiste na exibição de filmes, documentários, iconografia, seguido de debates e intervenções musicais. portanto, todas as terças do mês de janeiro, sempre as 19:00 horas estão repletas de conteúdo e axé!!

11/01/2011 - A ORIGEM DO HOMEM 
Documentário / científico / didático

Sinopse
Muitos cientistas acreditam que os primeiros seres humanos surgiram na África Oriental. Se isso for verdade, por que os humanos são encontrados em quase todos os lugares do mundo?
Qual a razão de sermos diferentes um dos outros? No documentário ´A Origem do Homem´ entenderemos as respostas para essas e outras questões, utilizando as mais recentes pesquisas nos campos da genética e antropologia.
Qual foi a causa do grande êxodo desses seres humanos? Como conseguiram povoar quase toda a extensão da Terra? Como nossos corpos adaptaram-se com o passar do tempo ao meio ambiente? Descubra de onde viemos em A Origem do Homem.

18/01/2011 - AS CIVILIZAÇÕES AFRICANAS, ORIGEM DAS FORMAÇÕES SOCIAIS HUMANAS.
Documentário / científico / didático

Uma série de documentários que informa e mostra as culturas das etnias africanas e suas influências para formação das civilizações posteriores.

25/01/2011 - A PRESENÇA DOS AFRICANOS NAS AMÉRICAS
 Documentário / científico / didático

Série de documentário e materiais iconografico, que mostram a presença dos africanos nas américas, desde as influências culturais, sociais, políticos, estéticas e arquitetônicas. 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Reflexão sobre a educação das crianças

Muito nos perguntamos sobre os valores que constroem nossa sociedade, mas o mais importante é o que passamos para nossas crianças, porque elas reproduzem nossos valores e darão continuação à nossa sociedade. Apenas para uma reflexão vejamos o video a seguir: PENSEM?

sábado, 25 de dezembro de 2010

O porquê da divisão

Discurso de Wilhie Lynch, um traficante de escravos caribenhos, proferido em 1712.
“Cavalheiros, eu vos saúdo aqui as margens do rio James no ano do Nosso Senhor Um Mil Setecentos e Doze. Estou aqui com o intuito de ajudá-los a resolver algum dos seus problemas com seus escravos. Enquanto Roma usava cruzes para erguer corpos humanos ao longo das estradas, em grande número, os senhores estão usando as árvores com forças para o mesmo fim.
Eu senti o mau cheiro de um escravo morto que foi enforcado numa árvore a algumas milhas daqui. Tenho aqui em minha pasta, um comprovado método de controle de negros escravos. Eu garanto que se implementado corretamente este método será capaz de controlar os escravos pó pelo menos 300 anos. Meu método é simples qualquer membro da família e até o feitor pode usá-lo.
Eu listei algumas diferenças existentes entre negros escravos e pego essas diferenças e as torno maiores ainda. Eu uso o medo, a desconfiança e a inveja como elementos de controle. Esse método tem funcionado em minha modesta plantação lá nas índias do Oeste e funcionará também aqui no Sul. Leiam esta pequena lista de diferenças e pensem a respeito.
No inicio da minha lista a idade, mas poderia começar com outro item. O segundo é a cor ou gradação de cor, existe também a inteligência, estatura, sexo, se o escravo vive no vale ou na colina, se tem cabelos lisos ou crespos, ou se são altos ou baixos. Agora que os senhores já têm uma lista de diferenças, devo algumas atitudes a serem tomadas, mas antes disso devo assegurar aos senhores que a desconfiança é mais forte que a confiança e a inveja é mais forte do que a lisonja, o respeito e a admiração.
Os negros escravos após receberem essa doutrinação deverão incorporar-se a ela e se tronarão eles próprios reproduzidores dela por centenas de anos, talvez milhares de anos. Não se esqueçam os senhores devem jogar um negro velho contra um negro novo, um jovem escravo contra um velho escravo. Os senhores deverão usar o escravo de pele escura o de pele clara e o escravo de pele clara contra o de pele escura. Deverão também os senhores, terem seus criados e capatazes brancos implementando a desconfiança entre os negros, mas é necessário que vossos escravos confiem e dependam de vós. Eles devem amar, respeitar e confiar apenas em nós.
Cavalheiros, esse conjunto de medidas é a chave para o controle usem-nas. Faça com que vossas esposas e filhos também os usem, nunca perca uma oportunidade. Meu plano é garantido e, o bom desse plano é que, ao ser usado intensamente durante um ano os próprios escravos permanecerão eternamente desconfiados uns dos outros.
Obrigado Cavalheiros.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Intolerância Religiosa e Violação dos Direitos Humanos Universais

Manifesto do CEPAPA.

 O presente manifesto vem a denunciar consequências causado pelo modelo hegemônico econômico, politíco e cultural, que traz consigo uma série de violações dos direitos pleno do homem.
 O fato acontecido no último dia 27 de outubro de 2010, no assentamento Banco do Pedro em Ilhéus - Bahia, onde o terreiro de Candomblé existente no local foi invadido e as pessoas que ali estavam, foram vítimas do abuso de poder que o sistema impõe expresso e impresso na farda de maus policiais militares, que camuflado no privilégio que o sistema político dá, fazendo-os pensar que tem o poder /autoridade de desrespeitar um coletivo humano que manifesta sua religião, tratando como inferiores e demonizados, fazendo chacotas racistas contra as culturas de matriz africana. 
 Quando acontece situações desse tipo nos perguntamos: Será que essas pessoas afrodescendentes que vivem pacificamente entre si e buscam seu sustento através do cultivo da terra que mantêm sua cultura viva merece esse tratamento? 
Os fatos: Ao ser questionado pela coordenadora do assentamento e sacerdotisa (filha de Oxossi) Bernadete Souza, sobre a ilegalidade da presença do pelotão da polícia na área do assentamento, por ser este uma jurisdição do INCRA - Instituto Nacional e Colonização de Reforma Agrária e, portanto a polícia sem justificativa e sem mandato judicial não poderia estar ali. Menos ainda, enquadrando homens, mulheres e crianças, sob mira de metralhadoras, pistolas e fuzil, o que se constitui numa grave violação de direitos humanos. Diante deste questionamento, o comandante alegando desacato a autoridade, autorizou que Bernadete fosse algemada para ser conduzida à delegacia. Neste momento o orixá Oxossi incorporou a sacerdotisa que algemada foi colocada e mantida pelos PMs Júlio Guedes e seu colega identificado como Jesus, num formigueiro onde foi atacada por milhares de formigas provocando graves lesões, enquanto os PMs gritavam que as formigas eram para afastar satanás. Quando os membros da comunidade tentaram se aproximar para socorrê-la um dos policiais apontou a pistola para cabeça da sacerdotisa, ameaçado que se alguém da comunidade se aproximasse ele atirava. Spray de pimenta foi atirado contra os trabalhadores. O desespero tomou conta da comunidade, crianças choravam, idosos passavam mal. Enquanto Bernadete (Oxossi) algemada, era arrastada pelos cabelos por quase 500 metros e em seguida jogada na viatura, os policiais numa clara demonstração de racismo e intolerância religiosa, gritavam: fora satanás! Na delegacia da Polícia Civil para onde foi conduzida, Bernadete ainda incorporada bastante machucada foi colocada algemada em uma cela onde havia homens, enquanto policias riam e ironizavam que tinham chicote para afastar satanás, e que os Sem Terras fossem se queixar ao Governador e ao Presidente.

 Em pleno século XXI, vivemos tipo de sociedade que se auto-intitula como evoluídos e pós-moderna, acontece fatos que relembra o periódo colonial na escravidão do século XVII, quando os africanos escravizados eram perseguidos e colocado no tronco, ao manifestar sua cultura (língua, religião, aparência, etc.) ou querer autonomia no cultivo da terra.
 Inadmissível deixar passar despercebido acontecimentos como esse no terrreiro do Banco do Pedro. Sabemos que a repressão policial relembra tempos desagradáveis de nossa historia, que evita a liberdade.
A publicação dessas notícias não é levada ao conhecimento da população, fazendo com que a maioria das pessoas não conheça tais fatos, implicando que pense que não acontece esse tipo de ações nos dias de hoje. sabemos que a mídia exerce um poder de controle social.
 O fato das culturas de matriz africana não ter espaços nos veiculos de comunicação e ser representada de maneira distorcida e inferiorizada na mídia, faz pensar que o Afrodescendente só pode ser aceito se adequando ao modelo/padrão imposto pela industria cultural e suas mídias. As praticas religiosas são caracteristicas particulares a cada povo, então como não considerar racismo a atitude desses maus policiais no terreiro de Candomblé???
 E como se já não bastasse temos a intolerância religiosa já ganhando legitimidade no estado de São Paulo, quando a lei de sacríficio de animais em rituais religiosos esta proibido. Que absurdo. Essa ação é de ignorância imensurável, pois pela falta de entendimento das culturas de matriz africanas, sem saber o que é oferenda, sem saber o que é agradecer  as Entidades superiores que nos protege. Sem saber essas informações é que acontece as ações de intolerância. 
 A falta de conhecimento em seres humanos ditos como modernos, faz com que práticas religiosas seja prejudicada. Eles querem defender os animais sacrificados (galinhas, pombos, bode...), mas não se preocupam em parar de poluir o ar, a água e o solo.
 Querem defender a ideia de que sacrificar tais animais é um desperdício alimentar, mas é a favor da idéia de manter estocado nos supermercados até a data de válidade ser vencida, enquanto milhões de pessoas morrem de fome e sofrem com a insegurança alimentar.
 Essa é uma das facetas mostrada mais uma vez pelo sistema de dominação eurocêntrico globalizado, que transmite idéias e pensamentos hegemônico que deve invadir a cabeça das pessoas recolonizando-as como era feito no século retrasado, mas agora é de maneira mais sutil e eficaz, fazendo a lavagem cerebral através de aparelhos de mídia e personagens preparados para transformar em leis pensamentos eurocêntrico embranquecido que desqualifica e extermina as expressões culturais de outras etnias, principalmente as etnias africanas.
 Hoje em dia é praticamente uma luta existencial  assumir nossa ancestralidade africana, pois seremos subjulgado em nossas pratícas religiosas, se manifestarmos o culto aos Orixas (Entes das manifestações naturais e representa os elementos que compõe a natureza do homem e a natureza externa a ele),  seremos chamados de feiticeiros , bruxos, etc... Cenas que relembra a inquisição, mais ao invés de para a fogueira, vamos para a cadeia.
                                                       

 Se manifestarmos nosso culto a Criação e ao Criador do homem originado em África e presarmos pela prática original humana de total interação com a natureza, utilizando ervas e mantendo a originalidade, como diz as escrituras do velho testamento em Levitíco 21-5, ao qual diz ao povo de Deus: "Não rastar a cabeça e nem raspar a barba." Fazendo-nos RasTafarI's que louva o Criador e interagimos espiritualmente com a natureza. Mas nessa sociedade mediócre eurocêntrica somos tidos como vagabundos e sujos por sermos e termos Rasta e usarmos nossa erva sagrada.
 Enfim o preconceito e a discriminação esta presente em nossa sociedade explicitamente e devemos combater essas idéias. E nossa principal arma é assumir nossa ancestralidade africana, pois eles tem medo de nosso poder mental e a proteção do Altissímo. JAH ALLMIGHTY.

Link da notícia: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/10/480083.shtml    

Por Ras Tonton Fya Burning.
      

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

SEXTA DA PAZ!! NO Oiteiro...

Hoje tem Minikongo no Espaço Cultural Casa Aberta apatir das 20:00 hrs.


Tambores do Tempo: 30 anos do Bloco Afro Mini-Kongo

O projeto Tambores do Tempo aborda os 30 anos de existência do bloco afro Mini-Kongo, o mais tradicional do sul da Bahia, contextualizando o local onde nasce (Alto de São Sebastião) e o processo de luta de resistência cultural na cidade de Ilhéus. O Mini-Kongo é fruto de um movimento identitário nascido no bloco Ilê Ayê, do bairro da Liberdade, situado na Cidade do Salvador, durante a década de 1980, quando líderes religiosos e artistas como Atanagildo Ribeiro, Pedro Farias e Mário Gusmão entraram em contato com as manifestações afro nas ruas da capital baiana e, de lá, trouxeram as bases conceituais que nortearam o movimento cultural negro em Ilhéus e que influenciaram a criação do Mini-Kongo. Dessa forma, no Tambores do Tempo, está enfatizada a relação existente entre os blocos afro e os terreiros de candomblé, fazendo com que os primeiros sejam uma espécie de extensão das manifestações religiosas de matriz africana.
O conteúdo do Tambores do Tempo mostra a trajetória histórica do bloco ilheense mediante o depoimento de antigos moradores do Outeiro, de membros fundadores e de pessoas que participam do processo de luta para a preservação dos valores étnicos afro-descendentes, assim como utilizou-se do acervo iconográfico da instituição. Nele, busca-se o debate sobre a realidade vivida pelos blocos afro do município e mostrá-los não apenas entidades carnavalescas, mas como instituições promotoras de ações voltadas para a valorização das manifestações culturais existentes nas comunidades nas quais estão inseridos. A significância de projetos como esse está na sua contribuição para a promoção de cidadania e de conscientização por parte da população a respeito dos valores que formam a identidade do nosso povo constituído, em grande parte, por descendentes das etnias africanas vindas no processo diaspórico.
O documentário foi gravado em locações como o Outeiro de São Sebastião e o Terreiro Matamba Tombecy Neto, situado no Alto dos Carilos, no bairro da Conquista. A sua exibição fará parte da programação da comemoração dos 30 anos do Mini-Kongo a ser realizada na noite de 27 de novembro na sede do bloco. O documentário, realizado pelo Centro de Documentação e Memória Regional da Universidade Estadual de Santa Cruz (CEDOC-UESC) e dirigido por Ewerton Evangelista da Silva, contou com o apoio da Fundação Cultural de Ilhéus (FUNDACI), do Centro de Estudo, Pesquisa e Aplicação Pan-Africanista (CEPAPA), do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus (IHGI) e da Panorâmica Produções.

André Luiz Rosa Ribeiro (Coordenação do CEDOC-UESC)
Ewerton Evangelista da Silva (Diretor-Geral do CEPAPA)
                                                    

Mestre Sandro comandando a Bateria
Apresentação em frente ao Teatro municipal de Ilhéus


Dê esse Axé lá!!

por Ras Tonton Fya Burning!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Manifesto do III Encontro Norte/Nordeste da Rede Mocambos

Contra a ADIN nº 3239
que ataca os direitos dos quilombolas



Em 20 de novembro de 1695 o maior líder do povo negro no Brasil foi assassinado no território que muitos negros escolheram e mantiveram por quase um século com o intuito de viver longe da lógica racista que impregnou a alma da nossa sociedade com a colonização portuguesa. Foi quando Zumbi e o Quilombo de Palmares sumiram da terra e estariam mortos para a história se não fosse a resistência negra que insiste em lembrar ao Brasil de que a riqueza que a atual elite branca herdou não seria possível sem a exploração do trabalho africano neste solo.
Passados mais de 500 anos de história oficial os/as quilombolas de hoje estão ameaçados/as de perderem seus territórios, onde vivem há séculos fora da lógica capitalista e ameaçados/as de morte pela elite branca latifundiária deste país.
Atualmente as comunidades quilombolas pouco podem fazer para se defenderem levando em conta a estrutura do Estado que persiste em reproduzir o racismo institucional; o Incra não consegue titular e nem garantir a integridade dos territórios quilombolas. Por tudo isso líderes quilombolas são ameaçados de morte quando exigem paras suas comunidades o que lhes é de direito.
A injustiça mais uma vez mostra sua face, agora, pela ADIN(Ação Direta de Inconstitucionalidade) nº 3239 de 2004 encaminhada pelo então deputado Valdir Colatto – à época no partido PFL, agora chamado de Democratas, e atualmente filiado ao PMDB(SC), em que pretende interferir no processo de reconhecimento dos quilombos, tirando-lhes o direito de dizer quem são e de onde vem. Esta é mais uma prova do racismo que ainda impera no Brasil e que a sociedade brasileira não pode fechar os olhos para isso sob pena de recusar a existência de uma democracia verdadeira.
A Rede Mocambos – uma rede de articulação em torno dos direitos quilombolas e da democratização da informação no combate à exploração e discriminação contra os povos não-brancos -  repudia a ADIN nº 3239 do deputado Valdir Colatto.
Esperamos que o Estado brasileiro se dê conta da atrocidade que esta ação representa para a suposta democracia racial brasileira que muitos dizem existir.
  Se a ADIN 3239 for aceita pelo STF, os títulos expedidos que garantem o direito judicial aos territórios por parte dos/as quilombolas poderão tornar-se sem efeito. E os critérios de reconhecimento das comunidades de quilombo alterarão de forma a delegar a terceiros o direito de dizer quem são os quilombolas. Estará dada a mensagem a todo povo brasileiro de que o Estado trabalha contra os direitos do povo negro seja apelo esquecimento do poder executivo, a negligência do poder legislativo e a ação parcial do poder judiciário.
A rede Mocambos e o povo de matriz afroindígena esperam também do governo Dilma Rousseff a atenção que o povo negro merece porque estes povos TAMBÉM VOTAM e votaram pela continuidade da redução das desigualdades esperando que o Brasil não cresça sem levar os negros e negras brasileiras para longe do futuro que tanto almeja.
O Estado brasileiro não pode retroagir em relação aos direitos das comunidades quilombolas e deve cumprir com seu dever de combater as desigualdades sociais que tanto afligem nosso povo criando um abismo racial entre brancos e não-brancos.
ABAIXO O LATIFÚNDIO!
ABAIXO A BANCADA RURALISTA!
ABAIXO O RACISMO QUE TIRA OS DIREITO DOS/AS/ QUILOMBOLAS!
POR UM MUNDO MAIS JUSTO E MAIS DO NOSSO JEITO!

Itacaré, Bahia, 06 de novembro de 2010


Postado por Tonton Fya Burning